8 de jun. de 2017

Influenciar é formar opinião?



O número de influenciadores digitais cresce a cada dia e, consequentemente, o de seguidores também. Essa estatística vai além de pessoas que começaram a usar a Internet agora, mas sim descobriram um influenciador e decidiram acompanha-lo.

De acordo com o Marcio Cruz, formador de opinião é aquele que tem acesso aos meios de comunicação para usar a palavra no sentido de comunicar a quem lhes der crédito e credibilidade, suas opiniões sobre quaisquer temas ou sobre temas específicos. Portanto, influenciadores digitais possuem essa característica assim que começam a produzir conteúdo.

INFLUENCIADORES DIGITAIS SE CONSIDERAM FORMADORES DE OPINIÃO?

Apesar do número crescente de seguidores, nem todos os influenciadores se consideram um formador de opinião. Kefera Bucmann, youtuber com mais de 10 milhões de inscritos, declarou em um vídeo não ser uma formadora de opinião.

No entanto, influenciadores digitais que estão começando agora possuem uma visão diferenciada da youtuber. O instablogger Junior Frosino acredita que é um formador de opinião, pois suas resenhas trazem resultado para as empresas. Ou seja, os seguidores dele olham seu Instagram e sentem vontade de consumir o produto resenhado.

INFLUENCIADORES DIGITAIS X JORNALISTAS

Jornais estão passando cada vez mais da versão física para a versão digital, por causa da quantidade de pessoas que estão na Internet diariamente. Em razão disto, os jornalistas passaram a informar seus leitores de forma inovadora e com diversos tipos de mídias.

Essa nova forma de produzir conteúdo também é utilizada pelos influenciadores digitais, que abordam diversos temas inclusive sobre o cotidiano - que está mais relacionado ao jornalismo. Porém, escrever sobre o mesmo assunto que um jornalista não significa que ele esteja exercendo a profissão, já que é preciso de apuração dos fatos.

A jornalista Stefanie Carlan, de um grande jornal, afirma que ao comentar sobre o cotidiano influenciador digital pode causar uma nebulosidade. "Essa nebulosidade pode ocorrer na esfera do leitor/espectador que, com pouca educação para o consumo de mídia, eventualmente pode confundir o que é e o que não é jornalismo", explica Carlan.

É preciso que as pessoas distinguam o que é ou não jornalismo, como dito por Carlan. Para a jornalista Issaaf Karawahi, "o mais importante de tudo é entender que esse cara é um novo tipo de trabalhador, digamos assim, da comunicação. Ele não é nem publicitário, nem jornalista, não é nem relação públicas. Ele é influenciador, é blogueiro, é youtuber, são coisas muito específicas".

O influenciador digital exerce um papel diferenciado do jornalista, porque a sua maneira de escrever e se expressar é diferente. Até mesmo do ponto de vista ético, já que o influenciador tem algumas ações que seriam antiéticas para os jornalistas, como receber produtos como forma de pagamento, o famoso "jabá".

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